Relatos de viagem
Fortaleza

26/12/2003
As 05h15 da manhã, saimos com o velocimetro marcando 29150 km, com o tanque cheio e muita disposição pros mais de 3000 km até Fortaleza.  Em Guarantã (65km) foi a primeira parada pra acertar os "assentos".  Um cafezinho e tome estrada.
Em Taquaritinga o 1º abastecimento. -  (29.351 km - R$ 32,00 - 17,6 l - 07h10)
Tomamos o primeiro café com pão e manteiga, um refresco pros acentos e tome estrada di novo.
Em Brodosqui, o 2º abastecimento. - (29.465 km - R$ 30,00 - 15,8 l - 09h40)
Erramos a estrada em Brodosqui e nos custou 30 km a mais.
Em Formiga o 3º abastecimento. - (29.775 km - R$ 32,00 - 17,1 l - 13h30)
Chegamos até a casa do pai do Olinto.  Foi fácil achar a casa devido ao Luiz Célio estar na janela "apreciando a paisagem".   Saboreamos um delicioso café tipicamente mineiro com direito aos biscoitos que só quem é de minas sabe fazer ... hehehe  Saimos já eram passado das duas da tarde.   Chegamos em Belo Horizonte (30.892 km no velocímetro) às 4 da tarde.   Poderiamos andar mais um pouco mas o Thales queria passar numa pista de skate da cidade.   Fomos procurar tal pista e, com algumas erradas, achamos.   Brincou até cansar e também começou a chuviscar.    Pegamos a moto e fomos para o centro procurar um hotel.
Por volta das 8 da noite já estávamos instalados num hotel no 24º andar.   Saimos para o shopping (próximo do hotel) procurando internet pra atualizar o site.   Foi um parto baixar as fotos.   Depois de uma hora consegui acertar o computador pra reconhecer a máquina digital.   Descarreguei as fotos no computador e apaguei da memória da máquina.   Daí começou o drama.   Não consegui enviar as fotos.   Ficou do bedel me enviar no outro dia pois eles fechavam as 10 da noite e já tinha se passado 20 minutos do horário.

27/12/2003
No outro dia de manhã, abastecemos pela 4ª vez. - (30.000 km - R$ 29,00 - 14,73 l - 08h20)
Saimos um pouco tarde devido a "lerdeza" do Thales em se levantar.   Rumamos pra Vitória da Comquista a 802 km dali.   Próximo a Nova Era um acidente com uma carreta, paramos pra registrar pois passava ali também uma estrada de ferro com "pista dupla".
Em Timóteo (a capital do INOX) o 5º abastecimento. - (30.234 km - R$ 29,00 - 14,6 l - 11h15)
Depois de Governador Valadares entramos na BR116 (Rio-Bahia) faltando 495 km para Vitória da Conquista.
Em Teófilo Otoni o 6º abastecimento e a 1ª troca de óleo. - ( 30.487 km - R$ 35,40 - 16,7 l - 14h40)
Depois de Carai, tome chuva (a 1ª vez na viagem).   Com muito trânsito, esse pedaço da viagem foi super cansativo e ainda passamos um sufoco com um caminhão que o motorista não nos viu e saiu pra podar quando estávamos ultrapassando-o.   Como vou sempre atento as reações dos motoristas de um modo geral, percebi quando ele ameaçou sair.  Dei um "gáiz" em 4ª marcha e sai dele rapidinho (mas passou perto ... hehehe).   A CB500 tem um bom torque e consegui sair na frente dele e ir embora.
Em Águas Vermelhas o 7º abastecimento. ( 30.737km - R$ 35,00 - 19,5 l - 17h35)
Chegamos em Vitória da Conquista já noitinha (quase 9 da noite).  Depois de perambular na cidade em busca de um quarto, fomos achar num mais caro (mas tinha ... hehehe).   Como o cansaço era grande (estada ruim, chuva e um pouco a noite) a internet ficou para o outro dia.  Comemos no próprio hotel e lençol em "nóis" pra compensar os mais de 800 km viajados desde as 08h20 da manhã.

28/12/2003
Abastecemos em Vitória pela 8ª vez. ( 30.892km - R$ 18,00 - 09,01 l - 20h40)
No outro dia, retomamos a viagem às 09h00.   Na BR116 seguimos para Jequié.
Abastecemos em Brejões pela 9ª vez. ( 31.149km - R$ 34,00 - 16,5 l - 12h45)
Nesse trecho começaram os animais na pista.   Muitas cabras e jegues (cavalos e bois em menor número) ...     "ó chenti ... até jumento qué tirá casquinha du asfaltu".    Vimos um cavalo morto e em Brejões no almoço, sentamos numa mesa com dois rapazes.  Um deles nos contou que perdeu um amigo justamente no acidente daquele cavalo há uma semana.   Foi o suficiente pra redobrarmos o cuidado com os animais na pista (até desisti de viajar a noite).    Uma coisa que nos chamou a atenção é de como vive o pessoal daqui, sem recurso nenhum.   Sem recursos naturais principalmente.   Quase não tem água, o solo é árido, vegetação seca onde se vê animais em cercados sem vegetação.   Verde aqui só na bandeira ou cartaz de guaraná antartica.    As estradas péssimas principalmente no norte da Bahia.
Chegamos em Feira de Santana às 15h40.   Abastecemos pela 10ª vez, na saída para Petrolina depois de passar por todo o anel rodoviário de Feira. - ( 31.326 km - R$ 20,00 - 10,58 l - 04h40)
Em uma das vezes que paramos pra dar uma descansada, conversei demoradamente com um caminhoneiro.   Ele me deu um outro trajeto melhor pra chegar a Fortaleza.   A estrada de Picos a Fortaleza está intransitável segundo ele.   Segui até Petrolina no roteiro original e depois desviei para a rota do caminhoneiro (foi melhor mesmo).    Já eram 7h30 da noite (sem horário de verão na Bahia) quando chegamos em Senhor do Bonfim.  Pegamos 100 km de estrada que era só buracos.   Levamos mais de 2 horas pra passar esse pedaço.  Tivemos que pernoitar em Senhor do Bonfim.   Com dica de um motoqueiro, achamos um hotel bom e barato.   Aqui (SBonfim) que conseguimos internet fácil e pudemos atualizar o site.     Depois fomos comer (saco vaxio não pára em pé ...) e "cama pra quem te quero" ...


29/12/2003
Levantamos abastecemos (11º) e pé na estrada rumo ao Ceará. - ( 31.583 km - R$ 35,00 - 16,3 l - 08h10)
Cruzamos o Rio São Francisco (grande rio) que separa as cidades de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE).  Percebe-se nitidamente o progresso de Pernambuco com relação à Bahia.   Tanto em plantações como estrada, inclusive fiscalização nas rodovias (PM estadual).   Em Pernambuco a Polícia estadual é muito presente nas estradas.
Abastecemos pela 12ª vez em Lagoa Grande. - (31.798 - R$ 30,00 - 13,7 l - 12h10)
Seguimos para Ouricuri e Exu.
Em Exu abastecemos pela 13ª vez. - (32.016 - R$ 34,00 - 16,7 l - 14h12
Depois fomos para Crato, Farias Brito, Varzea Grande (já no Ceará), Iguatu e Araíara.
Em Acopiara, abastecemos e pegamos mais informações sobre a estrada. - (32.244 - R$ 30,00 - 13,9 l - 17h10)
Logo que saimos da cidade começou a chover e faltavam 350 km para Fortaleza.   Achei melhor dormir em Mombaça (48 km de Arapiara) e tocar no outro dia pra chegar em Fortaleza de dia.
Pegamos uma pousada bem simples.   O Chuveiro era só o cano, a bacia a pia e o chuveiro ficavam no quarto com apenas uma meia parede separando das camas.  Chuveiro elétrico nem pensar ... hehehe.    O teto não tinha forro e a porta não fechava, apenas ficava encostada.   No amanhecer se via a claridade pela janela, pela porta, pelos buraacos no telhado ... enfim, acordamos "ao relento" literalmente ... hehehe.

30/12/2003
Saimos as 7h50 da manhã aproveitamos melhor a paisagem porque o trajeto era curto (apenas 350 km em um dia).   Logo fomos surpreendidos com uma carreta tombada na pista.   O motorista saiu ileso.   O que nos chamou a atenção era que essa carreta a gente ultrapassou várias vezes nos últimos 400 km.   O motorista deve ter dado uma cochilada visto que a pista estava ótima naquele trajeto e com pouco movimento.    Ainda deparamos com vários animais na pista mas sem maiores problemas.   

Chegamos em Fortaleza por volta das 11 da manhã.   
O duro foi arrumar acomodação.    Primeira surpresa: os dois camping que fomos visitar estavam desativados.   Nos restou procurar acomodação em pousadas e hoteis.   Batemos em vários hotéis e nada (todos lotados).     Depois de mais de 3 horas procurando achamos uma pousada muito simples.   O jeito foi ficar ali mesmo.   O quarto tem pé direito baixo, o ventilador faz um barulho danado e o chuveiro não tem água quente.   Pra quem não tinha nada, pelo menos vamos dormir na horizontal ... hehehe

31/12/2003
Acordamos e fomos visitar a praia da frente (Praia do Futuro).   Aqui tem muitos barzinhos e todos bem instalados.   Só pra ter uma idéia, tem barzinho que tem até piscina.  Isso sem contar que vários tem prayground pra crianças com aparelhos super modernos.  O que ficamos tinha até cama elástica.  Na praia tem várias tendas de massagens.   Só a praia que é um tanto brava.   E afunda logo.  Com 5 metros já se tem uma profuncidade razoável.
A tarde fomos ao shopping iguatemi (o maior daqui) pra comer e utilizar internet.   Mais a noite vamos assistir os fogos na praia de iracema.  O pessoal da pousada faz uma mesa com lanches, bebidas e muita animação para a virada.   Só achei um tanto estranho é que aqui não tem horário de verão e quando já era meia noite aí, aqui eram 11 da noite.
Os fogos foram muito bonitos e teve show na praia.  Ficamos um pouco longe do palco devido a problemas de empurra empurra e perigo de estouro de fogos no povo (segundo orientações do pessoal da pousada).   Realmente, quando chegou 11h30 da noite o pessoal começou a estourar fogos aleatóriamente e alguns cairam mesmo no povão.   Estávamos longe e só vimos a correria do povo.   Depois da virada, ainda ficamos mais um tempo com o pessoal (ainda deu pra ver uma briguinha de socos) e fomos embora por volta das 2h30 daqui.

01/01/2004
Acordamos tarde, fomos a praia na Praia do Futuro mesmo.   Depois de vários banhos de mar, tomar um monte de água de coco (e o Thales não parava de comer camarão), fomos pra pousada já eram mais de 3 da tarde.   Já na saída pra pousada o Thales inventou de experimentar uma aula de prancha.  Foi lá mais 1h30 de mar e ondas (e tombos também hehehe), mas foi legal.   Deu pra ter uma idéia de como se "surfa".   Conseguiu ficar de pé na prancha o que valeu os R$ 20,00 (prancha + acompanhamento do professor).
No final da tarde quis ir na pista de Skate.   Aí que começou as cacas do dia.
Depois de brincar por um bom tempo resolver descer um buraco.   Na primeira tentativa, caiu e bateu forte com a cabeça e o braço esquerdo.  Ficou um tanto zonzo e um "baita" galo do lado esquerdo da cabeça.   Levei ao Hospital São Mateus.   Fez radiografia do braço e contatou uma fissura no osso o que valeu um gesso do punho até próximo ao cotovelo.   Depois fez ressonância magnética pra ver a cabeça.   Segundo o exame (felizmente) não constatou lesão.
O que mais incomodou foi ter que usar o convênio UNIMED e como é regionalizado, precisa de liberação e em Marília é um tanto complicado.   Não se conseguia falar com o pessoal da central de Marília a noite.   Fui orientado a deixar um cheque no valor do exame particular e que fosse na Unimed central de Fortaleza no outro dia de manhã tentar a liberação.  Fomos dormir e fiquei acompanhando a noite como ele se portaria (acordava de hora em hora pra ver como estava).

02/01/2004
Depois de um bom café da manhã (o Thales acordou com uma fome danada, só pedia comida de minuto em minuto).   Comeu 4 bananas, 2 pães, leite com toddy, ... e fomos pra Unimed cumprir a maratona de ligações.
Lá, quando a atendente liga pra Marília tem uma "puta surpresa" ... Quem atende do outro lado é simplesmente o PORTEIRO.  E este informa que tudo lá só funcionará segunda feira.  O duro é que não posso ficar aqui até segunda.   Além de vencer a minha diária amanhã cedo, pra ficar tenho que comprar um pacote de 5 dias.   E se ficar até segunda, todas as outras visitas (JPessoa, Olinda, Recife, Maceió e Aracaju) ficam comprometidas.   Restaria descer direto pois só teria condições de sair daqui dia 06.
Pedi socorro pro pessoal de Marilia (Gerbe, Tande, Paulo) encontrar alguém da Unimed pra tentar liberar isso pra ir embora amnhã cedo.   Agora estamos aqui, próximo à Unimed, no aguardo dessa liberação (e o dia foi pro saco também ...)

03/01/2004
Saímos cedo de Fortaleza.  Eram 6h30 quando o "gaucho" da pousada nos chamou.  Depois do "baile" pra acordar o Thales, pegamos a estrada às 7h32.  Tiramos algumas fotos na saída e, num posto da estrada, pedi pra trocar o óleo da moto enquanto tomamos o café da manhã.   Já era passado das 8 quando retomamos a estrada rumo a Natal.
Na estrada próximo ao Beat Park vimos uma usina Eólica (Usina Eólica de Prainha - 10 Mwatts - gera energia elétrica a partir da força dos ventos - vejam as fotos - 03/01/2004).  Depois passamos pelo Beat Park e em seguida ao parque Ytamarano.  Os dois são aquáticos sendo o primeiro o maior da américa latina (segundo pessoal daqui).
Novamente na estrada, fomos observando a paisagem e a vegetão.  Como é quase tudo seco aqui ... é de se admirar como esse povo (do interior) sobrevive sob um sol escaldante e com a falta d'agua.   Quando atravessamos a fronteira do Ceará com o Rio Grande do Norte, aí então que a coisa ficou mais quente e pior ...  Todas as placas de rios nos chamaram a atenção de que embaixo não tinha água ... ou seja, rio mesmo era só na placa pois ... cadê a água?! ... nada, era só areia.
Passamos pelo polo de extração de petróleo da Petrobras em RN.  Achava que deveria ser alguma coisa grandiosa extração de petróleo ... que nada, apenas um pêndulo bombeando dia e noite (veja fotos do dia 03/01).   Pelo visto tem muitas bombas dessas dentro da caatinga.  As que vimos na beira da estrada (várias) todas tinham a bandeira da Petrobras.
Chegamos em Mossoró já passado das 2 da tarde.   Almoçamos e qual supresa ... fui lavar o rosto e as mãos, a água estava tão quente que parecia agua fervente.   Almoçamos (ainda bem que venta bastante aqui), lubrificamos a corrente e "pau na máquina di novu" ...
Aqui pra andar nesse "solão" molhamos toda a roupa (até as butinas).  Aí no asfalto fica fresco até a roupa secar (normalmente "guenta" de 40 min a 1 hora e tem que repetir a "dose").   Tive que me redobrar também quando o Thales ficou com sono.   Coloquei ele na frente e foi domindo em cima do tanque por mais de uma hora.   O duro é que tive que ficar com os braços muito esticados e numa posição desconfortável pra pilotar, mas dava pra tocar pra não chegar muito tarde em Natal.   "Aí qui o véio pidia água ..." hehehe  Quando ele acordou de vez foi um "puta" alívio.    Chegamos em Natal por volta das 6 da tarde e meus braços em "pandarecos".
Como chegamos ainda claro (aqui não é horário de verão), achamos logo um camping (CCB - Camping Clube do Brasil), instalamos a barraca e "dois palitos" estávamos já num shopping da cidade (a 4 km do camping - na vai principal de Natal).   Tinha internet também e conseguimos atualizar o site e uma bela janta.   Dormimos por volta das 11 da noite.

04/01/2004
Hoje levantamos mais tarde e saimos na cidade a procura de uma padaria prum bom café da manhã.   Foi duro achar ... aqui o pessoal acorda tarde no domingo ... hehehe   Encontramos depois de andar bastante.    Após o café fomos andar na orla.   Passamos pela praia dos artistas e rumamos ao litoral leste.  Passamos pela orla onde tem os grandes hoteis.   Fomos procurar uma agencia da Caixa pra pegar uma "graninha" pois o danado queria um passeio de bug (R$ 150,00).
Depois de muita choradeira, o bugueiro fez R$ 100,00 e fomos nós na brincadeira.  O Thales ficou desafiando o bugueiro que queria "com emoção" e lá fomos nós descer e subir dunas e velocidades acima do normal ...  Visitamos também a praia de Genipabu, com os skibunda, os snowboard e os dromedários e, como não poderia faltar, muita água de coco.  Retornamos já eram quase 5 da tarde.   Depois fomos ao shopping pra comer e usar a internet.   Amanhã devermos sair cedo.   Devemos chegar em João Pessoa e apenas dar uma passada na cidade e logo retomamos a estrada pois vamos parar mesmo em Recife.  ... até amanhã 

05/01/2004
Levantamos acampamento por volta das 8 da manhã.  Tomamos café na estrada e rumamos para Recife com escala em João Pessoa.  A estrada é boa e a temperatura mais amena que o sertão.  Aqui algumas placas de rios são verdadeiras, ou seja, tem mesmo água debaixo das pontes ... hehehe.
Chegamos em João Pessoa por volta das 10 e meia.   Visitamos o centro da cidade e a praia de Tambau.   As águas são um tanto barrentas (como de Praia Grande) e o movimento de banhistas achei muito pequeno.  Tomamos algumas águas de coco e retomamos a caminhada para Recife.   Na estrada tomei um susto danado. Depois de abastecer, saimos e esqueci de lubrificar a corrente.   Aí foi o primeiro tombo da moto.   Fui colocar no descanso grande e ela pendeu pro outro lado e pimba ... foi pro chão.   Tentei levantar sozinho e nada, é muito pesada com as bagagens.   Aí veio o Thales do outro lado e com muito esforço consegui colocá-la em pé de novo com muito esforço.  Lubrificamos a corrente e pé na estrada.
Chegamos em Recife por volta das 5 da tarde e nos instalamos numa casa em frente a do tio do Renato.   Ele é proprietário da casa e está reformando.   Não tem móveis (temos barraca e colchões) mas o resto de casa tem (geladeira, banheiros, energia elétrica, ...) tudo OK pra passar os dois dias que pretendemos.   Mais a noite chegamos ao shopping center Recife (o maior daqui).   Atualizamos a internet e vamos comer.   Daqui pra onde estamos hospedados é uma baita caminhada, quando viemos foi mais de 20 minutos de moto (bairro de Boa Viagem).

06/01/2004
Levantamos tarde.  Fui comprar “apetrechos” para um bom café da manhã.  O Thales aproveitou pra dormir à beca.  Depois saímos para visita a Olinda (12 km de Recife – centro a centro).  Visitamos o centro histórico de Olinda e rumamos para o centro histórico de Recife (Recife antigo fica numa ilha).  Tiramos várias fotos tanto de Olinda quanto de Recife (pra atualizar o site) e vamos que vamos passear por toda a cidade.  Devida a muitos canais e rios, Recife é uma cidade com muitas pontes.  Tiramos o dia pra andar por toda a cidade.  Mais a noitinha fomos ao Shopping Recife pra atualizar o site e jantar.  Pretendemos sair amanhã cedo pra Maceió.  Se der “coragem” continuar até Salvador onde pretendemos parar um pouco mais.
 
07/01/2004
Logo cedo aproveitei pra recolher a roupa (tinha lavado toda nossa roupa suja) enquanto o Thales criava coragem pra levantar.  Tomamos café da manhã na casa e levantamos acampamento rumo a Maceió.  Passamos por Porto de Galinhas, erramos a estrada e tivemos que enfrentar estrada de terra pra não ter que voltar muito.
Na divisa de Pernambuco com Alagoas, paramos pra abastecer o “radiador” com água de coco (nossa bebida preferida).
Já no estado de Alagoas, preferimos ir pela estrada totalmente litorânea (aí demorou mais), passando até por uma balsa pequena (levava somente dois carros por vez).  Só que desfrutamos de paisagens lindas.  Quase toda a orla são praias desertas com muitos coqueiros nativos.  Foi uma viagem muito legal.   Quando chegamos em Maceió deparamos com o Camping Clube do Brasil desativado.  Depois de perguntar muito, encontramos um camping e nos acomodamos.  Após arrumar nossa barraca direitinho, rumamos para o shopping da cidade para comer e atualizar o site. (vejam em viagem por fotos – dia 07/01 até item c)
 
08/01/2004
Fiz a maior caminhada da viagem.  Logo cedo, pela praia, fui até o centro de Maceió caminhando.  Depois voltei de moto e no velocímetro deu 6 km.   Quando o Thales levantou fomos pegar um barco pra uma velejada (vide foto do dia 08).  Foi muito legal, o piloteiro nos contou um pouco da história da cidade, principalmente com relação aos grandes recifes do lugar.  Pegamos a estrada rumo a Salvador, passando por Aracaju.  Por estarmos atrasados, não vamos visitar a cidade de Aracaju.  Passamos pelos campos petrolíferos de Sergipe (vide fotos 08/01 c) e, com muito esforço chegamos em Salvador  depois das 9 horas da noite.  Pegamos a linha verde (estrada estadual) que interliga Salvador a Aracaju.  Depois de perguntar por vários postos de gasolina chegamos ao único camping de Salvador (aqui também o CCB desativou sua área). Depois de montar a barraca, saímos pra comer já eram mais de 10h30 da noite.  No jantar acordamos que no outro dia iríamos levantar acampamento e com a moto já carregada iríamos visitar Salvador e já pegar a balsa que interliga Salvador a ilha de Itaparica.
 
09/01/2004
Levantamos acampamento por volta das 8 da manhã, e fomos ao centro.  Visitamos o Mercado Modelo, o Elevador Lacerda e o centro velho (cidade alta).  Encontramos um cyber café onde atualizamos o site e tome estrada pra achar o embarque da balsa.  Chegamos com 2 minutos de atraso e tivemos que esperar mais de 1 hora pra chegar a outra.  E mais 1 hora para atravessar, ... chegamos do outro lado pra continuar a viagem já eram mais de 5 da tarde.   A previsão de chegar em Porto Seguro tinha sido comprometida.  Encontramos 3 rapazes que estavam fazendo um percurso de 5000 km e atravessamos a balsa juntos.   Do outro lado seguimos viagem e eles pararam na ilha de Itaparica.   Como retomamos a viagem um tanto tarde, conseguimos chegar somente até Camumu (BA).   Pernoitamos na Pousada Virtual (mas era real mesmo).   Chegamos já escuro.   Depois de acomodarmos num apartamento (que delícia de chuveiro e de cama ... na barraca a acomodação não é tão confortável quanto um quarto de pousada ... hehehe), fomos “pegar” uma boa comida simples no porto (há uns 50 metros da pousada).   Combinamos de sair bem cedo (nem desarrumamos a moto), pousou na frente da pousada com todas as nossas malas amarradas.
 
10/01/2004
Logo cedo, depois de uma luta pra tirar o cara (Thales) da cama, aproveitamos o bom café da manhã da pousada e tome estrada.   Deparamos no caminho pra Porto Seguro, coisas inusitadas pra nós.   Os meios de locomoção do pessoal são um tanto estranhos.  Peruas Kombi superlotadas, que o pessoa ia com a tampa traseira aberta e pessoas com os pés pra fora (coisa que aqui os policiais prenderiam o veículo imediatamente).  A estrada normalmente atravessa as cidades e, muitas vezes, nem sinalização tem.   Quantas vezes estava numa velocidade de estrada e, de repente, deparava com uma rua ou quebra mola já dentro da cidade.   Algumas vezes a escada de entrada das casas terminavam a 20 cm da pista (vide foto dia 10/01).  Passamos por muitos acampamentos do MST (tanto em rodovias estaduais como BR 101 e 116).  Chegamos em Porto Seguro já era por volta de 4 da tarde.  Achamos um camping que simplesmente é deslumbrante (vejam fotos do dia 11/01).  Tem sala de TV, apartamentos pra alugar, sala de musculação, lanchonete, ... enfim, é o melhor camping que já visitei (nos meus 36 anos de acampamentos, de Fortaleza a Porto Alegre).  Arrumamos a barraca, descarregamos toda “tralha” que na altura do campeonato já estava grande e ainda deu tempo pra uma visita na parte histórica de Porto Seguro.   O Thales adorou Porto Seguro, principalmente com relação a ver todo o começo de nossa história.   Pegamos um “bico” com um grupo de turistas que tinham um guia explicando e lá fomos nós de bicão ouvindo tudo e acompanhando todo o trajeto da excursão do grupo.    
Depois de tiramos várias fotos, fomos pro centro procurar “bóia boa” e um cyber café pra atualizar o site.  Retornamos já passada das 10 da noite (tivemos que entrar com a moto empurrando ... nos campings organizados, não se faz barulho após as 22 horas).   
 
11/01/2004
Aproveitando o tempo bom, logo cedo tirei várias fotos do camping (pra divulgar pros amigos) e, a pedido do Thales, demos uma passadinha na parte alta (cidade histórica).   Com o pneu traseiro já bem careca (como era final de semana não tinha como trocar) tivemos que retomar a viagem de volta.  Na saída nos despedimos de dois motoqueiros que encontramos no camping.  O Davi (advogado) de Governador Valadares (MG) e o Rodrigues (médico) de Valença (RJ) – presidente do motoclube Anjo da Serra.  A segunda foto do dia 11/01 d foi tirada com o dono do camping Mundai – Porto Seguro e a terceira com o guarda-camping.  Numa parada em Linhares encontramos um casal de Vitória que estavam indo pra Porto Seguro.  Depois de nos preparamos pra chuva que pintava, tome estrada pra chegarmos em Vitória/Vila Velha (ES).   Chegamos por volta das 20h30.   Depois de perambular pela cidade, encontramos uma pousada em Vila Velha.  Tínhamos que pernoitar aqui pra trocar o pneu traseiro que não tinha mais como prosseguir viagem.  Quando estávamos chegando, com uma chuva fina, simplesmente tava difícil controlar a moto.  Saia constantemente de traseira nas curvas e eu tinha que acompanhar o trânsito evitando muitas ultrapassagens pela gente.
 
12/01/2004
Já era segunda feira vamos procurar uma loja que tenha pneu pra CB500.  Depois de muito andar, achei uma loja com preço bom.   Trocamos e aproveitamos pra visitar a cidade do chocolate Garoto.  Quem passa por Vila Velha não pode deixar de visitar o convento da Penha.  Fica no alto de um morro e o convento mesmo foi construído no bico da pedra.  Depois de uma sessão de fotos, apreciar a vista linda de toda Vila Velha e Vitória, voltamos a pousada pra “arrumar as malas” e “pau na máquina”.   Deixamos Vila Velha pela estrada costeira rumo a Volta Redonda (RJ).  Como estávamos saindo tarde, com certeza iríamos parar am algum lugarejo no caminho mas iríamos tocar até onde desse.   Quando saímos da BR 101 e rumamos pra Apiacá na altura de Marataizes, logo nos primeiros 20 km de estrada estadual deparamos com um “pé d’agua” que tivemos que interromper a viagem (já eram 7h30 da noite).  Num lugarejo antes de Apiacá (13 km), deparamos com uma rua totalmente alagada.  A água chegou até na altura do motor da moto.   Acelerei bastante e conseguimos sair da inundação e paramos num posto logo a seguir.  Debaixo do toldo do posto, ficamos assistindo a um espetáculo que também nunca tinha visto.  Muitos e muitos raios por 2 horas obrigando todos pararem ali naquele posto.  Era desde moto até carretas pois estava intransitável mesmo a estrada.  Após a chuva dar uma pequena trégua, rumamos para a cidade vizinha em busca de alojamento pois onde estávamos não tinha.  Chegamos em Apiacá por volta de 9h30 da noite.   Um bom banho e uma comidinha caseira compensaram o frio e o susto que passamos.  Resta no outro dia 980 km pra tirar pois só tenho amanhã pra retornar a São Paulo.  Tenho uma reunião agendada com o pessoal do banco Bradesco no dia 14 e não posso faltar.
 
13/01/2004
Depois do café da manhã simples, abastecemos e “pau na estrada”.  Aí que fomos ver o quanto foi importante termos parado.  A estrada estava muito esburacada, os rios cheios quase transbordando, alagamento quando chegávamos nas cidades onde a estrada cortava, enfim foram km e mais km de muito trabalho pra pilotar a máquina em estrada ruim.  No trajeto que escolhemos saímos do ES e entramos um pedacinho de MG e logo entramos no RJ rumo a Volta Redonda.

Quando chegamos em Volta Redonda, aproveitamos pra ver a Companhia Siderúrgica Nacional (passamos ao lado) e vamos procurar a Dutra.   Quando conseguimos chegar nela, que alívio, pista dupla conservada, toda sinalizada, bons postos, ..., só felicidade.  Depois quando chegamos na Carvalho Pinto então, era só alegria, estamos na melhor estrada do Brasil.   Aí que se dá valor ao progresso, a organização, ... enfim a volta ao “lar”.   Só levamos um susto pois paramos no acostamento pra telefonar (chegando em São Paulo) e logo encostou uma caminhonete da TOR (Tático Ostensivo Rodoviário) – Polícia Rodoviária – perguntaram se estava tudo bem e falamos que sim e logo estaríamos retornando a viagem.  Tocaram e a uns 30 metros adiante saem 3 policiais da viatura com armas em punho pra dentro do mato próximo ao acostamento.   Pegamos rapidinho a moto e “pau na máquina” evitando pegar uma “bala perdida”.  Passando por eles vimos que já tinham “abocanhado” dois sujeitos que já estavam com as mãos pra cima.   Aproveitando a “deixa”, chegamos rapidinho no Colégio Cor Jesu (18h30), encerrado a viagem longa.  Faltava ainda retornar a Marília o que faria depois do dia 16 de janeiro.

Valeu, afinal foram 8280 km em 19 dias com 39 abastecimentos, duas trocas de óleo e muita adrenalina.   Agradeço aos amigos que acompanharam nossa trajetória e que nos deram apoio, principalmente quando tivemos um acidente com o Thales em Fortaleza. 

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